quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Urban Real

Urban Real

Cansei da vida da cólera e do egoísmo.

Da fumaça que devora meus alvéolos. Da peste que a qualquer momento pode levar alguem que amo. Do aglomerado que sufoca a multidão. Do rio sujo que nunca mais abrigará a vida. Das doenças virtuais que assustam nossas propriedades cibernéticas.

As pessoas que vem, prometem e vão. A insana rotina que desfigura nosso organismo. O medo de morrer sem ideologia por um marginal qualquer. O som das marretas quebrando as paredes.

Essa maquina falante que invade minha casa. Aquela vozinha irritante, as risadas forçadasm, os clichês vistos e revistos, a velha nova fórmula colorida.

E ainda reclamo quando um passarinho insistentemente canta na minha janela. Ai como isso me irrita.

sábado, 1 de agosto de 2009

poema

Vou quebrar um pouco o ritmo e trascrever uma poesia que escrevi ha muito tempo:

Homem não chora

Se tudo acabasse hoje,
eu choraria.
Mas nada acabou e choro.
Há pior tristeza de não estar triste?

Maus pensamentos,
rodeiam esse homem.
Rapaz de boa idade,
Suas lágrimas não combinam,
a face.

Por que choras pobre homem?
Chora pela pior dor,
De estar triste sem estar.

Homem não chora,
não choro.
Choro pior,
Choro sem chorar.

Homem complicado.
Trata-se em terceira pessoa,
Chora sem chorar,
Está triste sem estar.
Ô Pessoa complicada.